Nesta quarta-feira, 23/11, na Escola Municipal Santa Rita, a “Escola da Inteligência”, projeto desenvolvido em três Escolas da Rede Municipal, apresentou o relatório anual com a avaliação dos resultados da aplicação da metodologia de educação socioemocional desenvolvida nas Escolas Ipanema, Adeuvaldo Barbosa Espíndola e Santa Rita.
O programa educacional idealizado pelo Dr. Augusto Cury e fundamentado na Teoria da Inteligência Multifocal, promoveu por meio da educação das emoções e da inteligência, a qualidade de vida e o bem-estar psíquico de 2.350 alunos. Os resultados positivos, segundo a avaliação, garantiram melhorias nos índices de aprendizagem, no relacionamento entre os alunos, na redução da indisciplina e a participação mais ativa da família na formação dos seus filhos. Ao todo, 86 professores se envolveram como aplicadores do projeto.
Magna Estefânia, supervisora da Escola Municipal Santa Rita declarou que desde setembro, quando o projeto foi implantado na Escola, os professores e alunos notaram o envolvimento dos pais e retornos significativos, como o ato de colocar-se no lugar do outro. “Nós trabalhamos valores, empreendedorismo, relacionamento entre pai e aluno, concentração, respeito e a ideia se por no lugar do outro, no entanto, cada turma com um direcionamento diferente de valores e objetivos, por isso o projeto é muito rico”. Cerca de 530 alunos da Escola Santa Rita participaram ativamente do projeto.
O Programa contempla alunos de 1º ao 9º ano, envolvendo alunos, pais e toda comunidade escolar. A aplicação ocorreu dentro da grade curricular como uma nova disciplina ou dentro de uma disciplina já existente. Para a Professora do 4º ano, Rosani Duarte do E. M Santa Rita, a Escola da Inteligência contribuiu para a formação de pensadores criativos, produtivos e eficientes. “Nossas crianças estão se tornando os autores da sua própria história através da formação do “EU”. Pude perceber o quanto a leitura e o intelectual dessas crianças aumentaram, eles estão se tornando pessoas críticas e motivadas, a partir das histórias e da construção da maquete, onde na cidade cada ser humano pode ser admirado, compreendido e valorizado”, destacou.
Segundo o coordenador pedagógico da Escola da Inteligência, Frank, o objetivo da maquete da cidade, elaborada pelos alunos, é a concepção do aluno ser o prefeito dele mesmo, onde o indivíduo se coloca como o centro da cidade, o “EU”. “Através do “EU” o aluno compreende algumas coisas simples: como se atravessa uma rua, como cuidar da praça ou do jardim, e é a mesma coisa quando tratamos de nós como pessoa, precisamos de cuidados também, precisamos nos administrar. Se o aluno tem condições de ter suas próprias respostas e seus próprios caminhos definidos, podemos transformar a vida deles de uma forma muito especial. Através desse estudo lúdico afirmamos que eles são capazes de dizer sim ou não, e essas escolhas podem trazer benefícios positivos ou negativos lá na frente”, explicou.
Na pesquisa de avaliação aplicada a diretores, professores, 100% dos docentes avaliaram que houve melhoria no relacionamento entre os alunos. “Nossa Escola era denominada nas redes como a “Escola da Morte”, a partir do programa “Escola da Inteligência” minimizamos as brigas que aconteciam todos os dias na saída dos alunos”, acrescentou a coordenadora da Escola Ipanema, Jeane.
“A metodologia de educação socioemocional foi aplicada na minha Escola no ano passado e neste ano. Sem dúvidas foi muito importante para todos. Nós aprendemos a conviver”, declarou Midiã Mota, aluna do 9º ano B da Escola Ipanema. “O Projeto ajudou muito porque eles enxergaram nos livros aspectos que eu e a mãe já apontávamos, tratando o outro como gostaríamos de ser tratado”, concluiu Antônio Carlos, pai de dois alunos.
A secretária Ana Claudia destacou também o fato do programar ter a flexibilidade de desenvolvimento em qualquer área do ensino. ”Na parte de ciência e matemática, por exemplo, o projeto foi muito bem desenvolvido, mesmo sendo áreas de exatas. O projeto também influenciou disciplinas. Quisera que todas as nossas escolas tivessem experimentado dessa fonte”.
Através do programa pode ser descoberto e corrigido alguns problemas, como o bulling, ansiedade, fobias, insegurança, timidez, indisciplina proporcionando relações saudáveis. “O mais interessante é saber que não podemos mudar o mundo todo, mas podemos mudar o mundo do nosso aluno, dentro da nossa sala de aula. Esse é o legado que fica da Escola da Inteligência para todos nós”, completou o professor Leonardo.
A reunião foi encerrada com a entrega de portfólio, no formato digital (pencard) para as Escolas, e físico para a prefeita de Valparaíso, Lucimar do Nascimento.
Texto: Juliana Gentila
Fotos: Eduardo Lanhez