No dia 25 de julho é comemorado, no Brasil, o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, instituído pela Lei 12.987, sancionada no dia 02 de junho de 2014. O dia foi escolhido uma vez que na mesma data também é celebrado o Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha, como maneira de destacar a importância e contribuição das mulheres negras ao país, que hoje marcam presença nos diversos espaços e áreas da sociedade brasileira, lutando por justiça e igualdade de direitos.

Pensando nisso, em especial nesta quarta-feira (25/07), a Assessoria Especial da Mulher de Valparaíso de Goiás destaca que não somente nesta data, o objetivo é dar visibilidade e reconhecimento à presença e a luta das mulheres negras mundo afora, que são conhecidas por uma trajetória histórica de resistências política, ideológica, teórica e prática de enfrentamento ao racismo, sexismo e de estereótipos.

Segundo a Assessora Especial da Mulher, Sandra Roque de Miranda, é preciso refletir sobre as condições atuais de vida dessa população, que infelizmente ainda sofre com preconceito, violência e desigualdades em diferentes âmbitos sociais. Ela acredita que o enfretamento dessas questões requer estrutura e planejamento, pensando constantemente em ações efetivas que respeitem a dignidade, a liberdade e as prerrogativas das pessoas negras. “Precisamos investir e continuar defendendo políticas públicas que assegurem a implementação destas com programas e atividades voltadas para conscientização e valorização da luta e resistência da mulher negra”, finalizou.

A Assessoria Especial da Mulher é uma entidade ligada ao Gabinete do Prefeito, que é especializada no atendimento qualificado de mulheres vítimas de violência doméstica e familiar. Além disso, promove em Valparaíso um trabalho que visa eliminar a discriminação e conscientizar os munícipes sobre as implicações legais em casos que infrinjam os direitos legais das mulheres. O município também conta com outros órgãos que garantem a proteção das mulheres, entre eles destacam-se a Casa de Passagem e a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM).

Quem foi Tereza Benguera?

A angolana Tereza, trazida ao Brasil como escrava, foi uma líder quilombola do século XVIII e ícone da resistência negra no país. Ela chegou a ser chamada de rainha, quando, após a morte de seu marido, José Piolho, que chefiava o quilombo do Quariterê, em Mato Grosso, passou a comandar a estrutura política, administrativa e econômica do quilombo.

Assessoria de Comunicação da Prefeitura Municipal de Valparaíso de Goiás